Tudo bem com vocês??? No
post de hoje irei comentar sobre a 3º parte do livro Ciência Proibida. Caso queira conferir os post anteriores é só clicar
nos links: Post 1, Post 2.
Nessa parte o autor aborda
o uso de humanos em experimentos perigosos e desnecessários. É claro que o julgamento
de Nuremberg, onde os nazistas foram julgados por crimes de guerra e contra a humanidade,
é a fonte de várias normas relacionadas a ética na pesquisa, em especial quando
envolveram seres humanos, incluindo o termo de esclarecimento da pesquisa, do seu
funcionamento e riscos envolvidos.
1. O consentimento voluntário do ser humano
é absolutamente essencial. Isso significa que a pessoa envolvida deve ser legalmente
capacitada para dar o seu consentimento; tal pessoa deve exercer o seu direito livre
de escolha, sem intervenção de qualquer desses elementos: força, fraude, mentira,
coação, astúcia ou outra forma de restrição ou coerção posterior; e deve ter conhecimento
e compreensão suficientes do assunto em questão para tomar sua decisão. Esse último
aspecto requer que sejam explicadas à pessoa a natureza, duração e propósito do
experimento; os métodos que o conduzirão; as inconveniências e riscos esperados;
os eventuais efeitos que o experimento possa ter sobre a saúde do participante.
O dever e a responsabilidade de garantir a qualidade do consentimento recaem sobre
o pesquisador que inicia, dirige ou gerencia o experimento. São deveres e responsabilidades
que não podem ser delegados a outrem impunemente.
2. O experimento deve ser tal que produza
resultados vantajosos para a sociedade, os quais não possam ser buscados por outros
métodos de estudo, e não devem ser feitos casuística e desnecessariamente.
3. O experimento deve ser baseado em resultados
de experimentação animal e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas
em estudo, e os resultados conhecidos previamente devem justificar a experimentação.
4. O experimento deve ser conduzido de
maneira a evitar todo o sofrimento e danos desnecessários, físicos ou mentais.
5. Nenhum experimento deve ser conduzido
quando existirem razões para acreditar numa possível morte ou invalidez permanente;
exceto, talvez, no caso de o próprio médico pesquisador se submeter ao experimento.
6. O grau de risco aceitável deve ser
limitado pela importância humanitária do problema que o pesquisador se propõe resolver.
7. Devem ser tomados cuidados especiais
para proteger o participante do experimento de qualquer possibilidade, mesmo remota,
de dano, invalidez ou morte.
8. O experimento deve ser conduzido apenas
por pessoas cientificamente qualificadas. Deve ser exigido o maior grau possível
de cuidado e habilidade, em todos os estágios, daqueles que conduzem e gerenciam
o experimento.
9. Durante o curso do experimento, o participante
deve ter plena liberdade de se retirar, caso ele sinta que há possibilidade de algum
dano com a sua continuidade.
10. Durante o curso do experimento, o
pesquisador deve estar preparado para suspender os procedimentos em qualquer estágio,
se ele tiver razoáveis motivos para acreditar que a continuação do experimento causará
provável dano, invalidez ou morte para o participante.
Quando falamos em atrocidades
e pesquisas macabras, logo nos lembramos dos nazistas, de Mengele, o Anjo da Morte.
Mas os nazistas não foram os únicos a realizarem experimentos cruéis. Muitos aliados
realizaram experiências bem horripilantes, sem que os voluntários soubessem o que
aconteceria.
O autor nos trás um relato
dos experimentos que foram realizados por Mengele, que após o fim da guerra fugiu
para a Argentina e depois o Brasil, nunca sendo julgado.
O autor trás também os terríveis
experimentos que os japoneses realizaram com os chineses, como o uso de gases tóxicos,
armas biológicas, como antraz.
Com a ameaça constante de
um ataque nuclear, ficava a dúvida sobre o quanto de radiação um ser humano suporta.
Pacientes com câncer e crianças com déficit de aprendizagem, foram submetido a diversas
quantidades e a vários tipos de materiais radioativos, claro que com o total desconhecimento
dos participantes quanto as substâncias que estavam recebendo, bem como os possíveis
efeitos desses materiais sobre eles.
Durante a Guerra Fria o
clima tenso e a crescente paranoia com relação a espionagem, sendo investidos muitos
recursos no setor de espionagens e contraespionagem. Parte desses recursos foram
investidos num projeto de pesquisa sobre o controle da mente, que envolvia o uso
de LSD e mescalina, e claro que as cobaias utilizadas eram pacientes do Instituto Psiquiátrico do Hospital
Bellevue.
Além desses experimentos,
foi relatado o inconcebível teste sobre o efeito e evolução da sífilis no corpo
humano, e as cobaias selecionadas eram membros de uma comunidade de negros em Tuskegee,
no Alabama. O experimento deveria ser conduzido por apenas 6 meses, após os
quais os envolvidos deveriam ser tratados, mas o experimento durou 40 anos, sem
nenhuma assistência médica.
É assustador saber que muitos
desses “cientistas” saíram como “inocentes” ou com penas brandas após compartilharem
seus resultados com as nações que conduziram o seu interrogatório e julgamento.
Muitos desses experimentos
só vieram a público por que seus registros sobreviveram por acidente, e o presidente
Bill Clinton ordenou uma investigação dentro da CIA com a abertura dos arquivos.
Esses experimentos são só
a ponta do iceberg, já que os arquivos japoneses teve uma boa parte de seus documentos destruídos, bem como os arquivos da União Soviética que nunca foram abertos e
sabe-se lá que tipos de testes foram realizados. Como já disse Sara Sidle, em CSI
Investigação Criminal:
Então é isso, espero que
tenham gostado, beijos e até a próxima.
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