Tudo bem??? No post de
hoje iremos conversar sobre o livro “O
Castelo” de Frank Kafka. O livro foi publicado originalmente em 1926,
postumamente, por um amigo de Kafka. Eu li na edição da Companhia das Letras
com tradução de Modesto Carone.
Sinopse: Fausto do século XX, O
castelo é considerado um dos pontos mais altos da ficção
universal. Na história de K., o suposto agrimensor que tenta inutilmente chegar
ao castelo que vê no topo de uma colina, o termo kafkiano parece atingir sua
extensão completa.
O
agrimensor K. chega a uma aldeia coberta de neve e procura abrigo num albergue
perto da ponte. O ambiente sombrio e a recepção ambígua dão o tom do que será o
romance. No dia seguinte o herói vê, no pico da colina gelada, o castelo: como
um aviso sinistro, bandos de gralhas circulam em torno da torre. O personagem,
K., nunca conseguirá chegar até o alto, nem os donos do poder permitirão que o
faça. Em vez disso, o suposto agrimensor - mesmo a esse respeito não há certeza
- busca reivindicar seus direitos a um verdadeiro cortejo de burocratas
maliciosos, que o atiram de um lado para outro com argumentos que desenham o
labirinto intransponível em que se entrincheira a dominação. O castelo - Fausto do século XX
consolidado como um dos pontos mais altos da ficção universal - mostra a
extensão completa do termo kafkiano.
Antes de qualquer coisa:
CADÊ o final do livro??? É isso mesmo, assim como outras obras do autor, esse
livro foi publicado postumamente, terminando no meio de uma frase... bem ao
estilo “Uma Aflição Imperial” (livro
favorito da Hazel de “A Culpa é das
Estrelas”).
Tendo o livro um final
assim você pode me perguntar “Vale a pena ler o livro mesmo assim???” Eu
considerei a leitura MUITO válida, sei que isso pode incomodar alguns leitores,
mas curti muito a experiência de leitura.
Kafka tinha uma relação muito
conturbada com o pai e isso influenciou diretamente a obra do autor, que é
repleta de personagens alienados, conflitos familiares, situações brutais físicas
e psicologicamente.
Um tema que permeia todo
livro é a burocracia, os tramites que deveriam facilitar e organizar a vida em
sociedade acabam apenas por torna-la caótica e nada funcional; tudo o que
deveria facilitar acaba por piorar e complicar ainda mais a situação.
O que mais temos aqui são
papéis que não servem de nada, tramites intermináveis e funcionários que me
lembraram MUITO os funcionários do departamento de trânsito de Zootopia.
O livro está repleto de
metáforas e simbolismos, mas a interpretação das metáforas dentro da obra vai
depender muito da sua visão de mundo. É simplesmente incrível o retrato crítico
feito pelo autor sobre a submissão feminina com relação aos homens.
Mas esse está longe de
ser um livro de leitura fácil, além de longos monólogos (que duram as veze 4 ou
5 páginas), o livro tem vários momentos de introspecção desses personagens e diálogos
que não chegam a lugar nenhum, sem propósito e nada diretos em suas mensagens, diálogos
esses que me lembraram MUITO o Pinóquio, de Shrek, quando ele tenta não menti.
Kafka, sem dúvida, não era
uma pessoa com um psicológico muito bem estruturado, era uma pessoa conturbada emocionalmente
e sua obra transparece isso. Tenho certeza que esse não é um livro que vai
agradar todos, mas é um livro que merece uma chance.
Então é isso, espero que vocês
tenham gostado. Beijos e até a próxima.
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