Tudo bem com vocês??? No
post de hoje iremos conversar sobre o livro “O natal de Poirot”, que foi publicado originalmente em 1938. Li na
edição linda da Harper Collins, com essa capa maravilhosa e com tradução Vânia
de Almeida Salek.
Sinopse: Véspera de
Natal. A reunião da família Lee é arruinada pelo barulho ensurdecedor de móveis
sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o
tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada.
Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o Natal com um
amigo, se oferece para ajudar, depara-se com uma atmosfera não de luto, mas de
suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o
velho...
Aviso: Não se iluda com o
título, pois o clima natalino de festividade, paz, amor e boa vontade passa
MUITO longe dessa narrativa. Nesse livro temos um crescente clima de tensão e a
cada virada de página ficamos a espera que algo “dê ruim”, até que uns dos
assassinatos mais brutais engendrado pela autora acontece, isso se deve a uma crítica
que ela recebeu do seu cunhado que os assassinatos que ela descrevia estavam rebuscados
demais, com pouca cara de assassinato, “anêmicos” nas palavras dele.
Sou uma fã inegável do
trabalho da autora, gosto muito de sua escrita, é uma leitura que considero muito
envolvente, deliciosa e instigante. Sei que não funciona para todos, mas eu
curto muito. Esse foi um livro me agradou bastante, tanto em sua construção como
o desenrolar da trama.
Algo muito comum e
trabalhado nos livros da Agatha é o aspecto psicológico do crime e de seus
personagens, absurdamente críveis e humanos, seja em seus defeitos ou
qualidades.
Poirot é sempre uma
figura, o detetive belga, pomposo e metódico, é criticado em vários livros por
não procurar pistas, não ser alguém ativo durante a investigação, sendo as
pistas obtidas pelas forças policiais, mas é colocando suas famosas “celulazinhas
cinzentas” para funcionar que ele consegue solucionar os casos.
Poirot para solucionar o
crime faz uma boa análise da personalidade do morto, que não era lá flor que se
cheire, ele faria uma dupla e tanto com o Senhor Gillenormand de “Os Miseráveis”, com certeza aprontariam
muito juntos. É claro que a análise se estende a todos os presentes: filhos,
noras, neta, empregados, e com isso temos um conjunto de personagens bem construídos
e desenvolvidos compondo a trama.
Outro artificio bastante
utilizado pela autora, presente nessa obra, é alguém se passando por outra
pessoa e algumas cortinas de fumaças, o que ajuda a distrair o leitor do real
significa de alguns acontecimentos.
Essa para mim foi uma
releitura, e eu me lembrava de detalhe do assassinato, de quem assassinou o sr.
Lee e o motivo, foi muito interessante observar os detalhes e pistas que a
autora foi deixando ao longo da narrativa.
Sobre a edição tenho de
fazer menção a essa capa incrível da editora Harper Collins, com vários elementos
importante para a história, que num primeiro momento passam despercebidos pelo
leitor, sendo percebidos apenas quando observados com mais atenção, o que é
muito semelhante aos comentários e observações feitas por Poirot, ou outro detetive
da autora. É uma pena que ela não detenha o direito de todas as obras da
autora, amaria muito ter a coleção completa com esse padrão de capa.
Então é isso, fica aqui
minha recomendação. Espero que vocês tenham gostado, beijos e até a próxima.
Comentários
Postar um comentário