Tudo bem com vocês????
No post de hoje iremos conversar um pouco sobre “As mil e uma noites”. Todos nós já ouvimos falar de Alladin e sua
lâmpada mágica, de Ali Babá e os quarentas ladrões. Essas e outras tantas
histórias estão presentes nessa coletânea conhecida como “As mil e uma noites”.
Esses contos estão tão
presentes no nosso cotidiano e na cultura mundial que após a leitura
conseguimos fazer a conexão entre eles e várias outras obras, sejam livros ou
filmes, por exemplo, “O Nome da Rosa”
do sensacional Umberto Eco, e a peça “A
Megera Domada” de Shakespeare.
A autoria desses contos
é desconhecida, isso se deve ao fato de que as histórias eram transmitidas
oralmente, de geração em geração já há vários séculos antes de Cristo, sendo
impossível estabelecer a autoria desses contos. A compilação deles na forma de
livro também é desconhecida, acredita-se que a obra persa chamada Hezar Afsaneh (“Os Mil Contos”) seria a primeira compilação dessas histórias.
A narrativa como
conhecemos hoje tem como fio condutor a história do sultão Shariar, que após
ser traído pela esposa com um dos escravos, decide se vingar de todas as
mulheres, tendo as como pessoas que não merecem confiança. Para isso ele decide
se casar todos os dias com uma jovem, e após a noite de núpcias decide matar a
jovem esposa.
Após algum tempo, na
tentativa de acabar com o massacre das jovens do reino, Sherazade, filha do
vizir do sultão, se oferece como esposa do soberano. Após a noite de núpcias,
ela e a irmã mais nova põem o plano em prática – Duniazade pede que a irmã lhe
conte uma história. Sherazade inicia a história, o sultão a princípio não dá
muita importância ao que está sendo contado, mas logo se envolve com a
narrativa, mas ela habilmente interrompe a história num ponto muito envolvente.
O sultão querendo ouvir s conclusão da história permite que ela permaneça viva
mais um dia, e assim se passam as mil e uma noites.
Essa coletânea
apresenta uma grande variedade de contos, alguns contos bem parecidos entre si,
com apenas alguns elementos diferentes; há contos engraçados, dramáticos, de
mistério, de aventura; há contos curtos, contos longos, contos que se
entrelaçam em outros, contos independentes; há contos sobre a realeza, sobre a
camada mais pobre da população, com seres sobrenaturais, tem para todos os
gostos.
Os contos são bastante
interessantes e envolventes, com um cunho moralista, bem ao estilo das fábulas,
mas vale ressaltar que muitos desses contos apresentam atitudes e comentários
extremamente machistas, além de inúmeros personagens estereotipados, com muitos
preconceitos difundidos, o que até certo ponto é compreensível, pelo período
histórico da origem dessas narrativas, o que permite o levantamento de inúmeras
discussões.
A estruturação dos
contos acaba por dificultar a organização da leitura, além disso, o livro é bem
extenso, eu li na edição da editora Nova Fronteira, que é dividida em dois
volumes, com cerca de 500 páginas cada. Devido a isso demorei HORRORES para ler,
comecei a leitura no final de Dezembro de 2018 e consegui concluir apenas no
final de Abril, esse não é um livro para quem tem presa.
Nós temos diversas
edições dessa obra, algumas são seleções dos contos, algumas com contos
modificados (mais suavizados) ou adaptados para um público mais infantil; a
edição da Nova Fronteira, que foi a edição que li, não trás a obra completa, e
sim uma seleção de contos, descobri isso apenas depois que comprei o box (que
por sinal está belíssimo). Atualmente a edição mais completa que temos é a da
editora Globo, dividida em 4 volumes – com cerca de 1800 páginas, que é
traduzida diretamente do árabe.
Então é isso, espero
que vocês tenham gostado. Beijos e até a próxima.
Comentários
Postar um comentário