Viajei com: As Viagens de Gulliver - Jonathan Swift - #17 (143 Melhores Livros)

Tudo bem? No post de hoje iremos conversar sobre o livro “As Viagens de Gulliver” de Jonathan Swift. O livro foi publicado pela primeira vez em 1726, eu li na edição da Editora Mimética que foi disponibilizado gratuitamente para o aplicativo do Kindle. Aproveito o post para deixar a dica: há vários livros INCRÍVEIS disponíveis gratuitamente e de forma legal através dos aplicativos tanto do Kindle, Lev ou do Kobo, os catálogos mudam constantemente, estão fale a pena dar uma conferida com regularidade.

O livro tem o título original de “As viagens através de várias e remotas nações do mundo, por Lemuel Gulliver, primeiramente cirurgião e depois capitão de vários navios”, mas o título foi posteriormente reduzido para “As Viagens de Gulliver”.

O livro foi escrito como uma sátira aos relatos de viagens, muito comuns e populares na época, como é o caso de “Robinson Crusoé”, por ser uma sátira ao gênero a narrativa é feita nesse mesmo molde: uma narrativa bem detalhada, em especial do ambiente e da cronologia da narrativa.

A história é narrada em primeira pessoa, por Gulliver, e dividida em 4 partes, que não detalharei aqui pois seria necessário fazer um resumo da obra, o que não é meu intuito.

Vou tentar me ater as considerações sobre a obra.

Parte I: Uma Viagem a Lilliput

4 de Maio de 1699

Parte II: Uma Viagem a Brobdingnag

20 de Junho de 1702 - 3 de Junho de 1706

 

Parte III: Uma Viagem a Laputa, Balnibarbi, Luggnagg, Glubbdubdrib e Japão

5 de Agosto de 1706 - 16 de Abril de 1710

Parte IV: Uma Viagem ao país dos Houyhnhnms

7 de Setembro de 1710 - 2 de julho de 1715

O que eu mais AMEI nesse livro foram os questionamentos filosóficos e críticas sociais trazidas pelo autor, as vezes de forma sutil e as vezes de forma bem escancarada, em especial na última parte. Apesar de quase 3 séculos ter se passado após a publicação da obra, a linguagem é tranquila (embora tenha muitos termos náuticos) e a leitura bastante fluída, até garantindo algumas risadas. As críticas sociais, bastante mordazes, são absurdamente e assustadoramente atuais, aplicadas inteiramente a nossa sociedade atual.

Cada um desses locais visitados por Gulliver apresentam uma sociedade muito diferente da que conhecemos, cada um desse povoado permite que ele reflita sobre vários aspectos da vida em sociedade e a maldade humana.

Quando Gulliver chega em Liliput, por exemplo, ele é muito maior que os moradores, que chegam a 15 centímetros, percebe o quanto nós somos frágeis e tacanhos. Já quando ele chega em Brobdingnag, ele é muito menor que os habitantes do local, tendo assim uma visão macroscópica do ser humano e todos nossos defeitos e imperfeições são expostos a ele, tanto fisicamente como moralmente falando.

Na terceira parte temos várias criticas: a super valorização da razão em detrimento dos sentimentos ou o inverso, sobre a finitude da vida, sobre a ciência. Amei cada uma dessas partes, mas com certeza minha preferida é a última parte, que podemos considerar como a crítica mais ácida. Nessa parte Gulliver se encontra no país dos huyhnhnms, que são cavalos falantes que criam os yahus, criaturas muito parecidas com nós, humanos, mas desprovidos de racionalidade – foi até difícil de engolir algumas críticas, porém impossível dizer que elas não são válidas.

Então fica aqui a dica desse livro sensacional, espero que vocês tenham gostado. Beijos e até a próxima.