Tudo bem com vocês???
No post de hoje iremos conversar um pouco sobre o calhamaço “A morte de Virgílio” de Hermann Broch,
publicado originalmente em 1945, li a edição da editora Benvirá, de 2013 com
tradução de Herbert Caro.
Sinopse: “No ano de 1938, Hermann
Broch foi preso pela Gestapo e, durante as cinco semanas de cárcere, o escritor
- judeu e austríaco - começou a conceber ‘A morte de Virgílio’, sua obra-prima,
um marco na literatura do século XX. Nesta monumental empreitada literária,
Broch recria as dramáticas últimas dezoito horas de Virgílio, um dos maiores
poetas da literatura clássica latina, nas quais ele cogita destruir a Eneida,
obra de sua vida. O romance é construído por sonhos, pensamentos e falas do
próprio poeta, como um complexo fluxo de consciência, que delineia, num mosaico
narrativo, os dramas existenciais e estéticos do artista diante da morte. No
império romano aos tempos de Augusto, Broch faz um paralelo com o iminente
nacional-socialismo de Hitler de sua época, uma preocupação encontrada em
outras de suas obras consideradas clássicas, como a trilogia Os Sonâmbulos. Dá
sua contribuição histórica à renovação formal do romance e nos leva a refletir
sobre a condição humana, a criação artística e a validade dos conceitos morais”.
Esse foi, com certeza,
o livro mais trabalhoso que conclui até o momento. Isso se deve ao estilo
narrativo da obra: o autor opta por usar o monólogo interior, narrado em 3º
pessoa, com parágrafos GIGANTESCOS, alguns com 9 páginas. Além disso, o autor
opta por uma linguagem poética, digna de uma epopeia: complexa e riquíssima em
figuras de linguagem, o que dificultou MUITO a imersão na história. Era como se
eu tivesse de abrir caminho à força toda vez que retomava a leitura, caminho
esse que não ficava mais fácil com o avanço da leitura. O que ajudou foi uma
dica que a Tatiana Feltrin deu
no vídeo que ela fez sobre o livro, que é ler em voz alta, o que ajuda na
musicalidade da escrita, facilitando a compreensão.
Acabei recorrendo à leitura
de análises acadêmicas disponíveis na internet, além do posfácio de Marcelo
Backes presente no livro, o que me ajudou muito na compreensão da obra e todo
simbolismo por trás da narrativa.
Então é isso, espero
que vocês tenham gostado. Beijos e até a próxima.
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