Olá, olá, olá... Tudo bem com vocês???
Espero que sim. Hoje quero compartilhar com você minhas impressões referentes à
leitura de um grande clássico brasileiro: Dom Casmurro –
Machado de Assis. O romance foi escrito em 1899 e publicado pela Livraria
Garnier.
O livro é narrado em primeira pessoa por
Bento Santiago, mais conhecido como Bentinho, que é um advogado solitário e
bem-estabelecido, que pretende com essa narrativa "atar as duas pontas da
vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está
escrevendo o livro.
Bento nos conta suas experiências da
infância, juventude e da vida adulta. Sua mãe, a viúva D. Glória, faz uma
promessa: caso concebesse um novo filho (pois o primeiro morreu no parto) lhe
enviaria para o seminário. E eis que nasce Bento, tudo ia bem, até que José
Dias, um agregado da família, conta a Tio Cosme e à D. Glória sobre o namoro de
Bentinho com Capitolina, a tão famosa Capitu, vizinha pobre por quem Bentinho
era apaixonado.
Forçado a ir para o seminário, Bentinho
acaba por conhecer seu melhor amigo, Ezequiel de Sousa Escobar, filho de um
advogado de Curitiba. Após algumas negociações com a ajuda de José Dias, Bento
consegue sair do seminário e estudar direito em São Paulo. Escobar torna-se um comerciante
bem sucedido e casa-se com Sancha, amiga de Capitu.
Mas nem tudo são folhes. Bentinho começa
a desconfiar que seu melhor amigo e Capitu possuem um caso.
O romance ocorre entre os anos de 1857 e 1875, embora o tempo do romance seja
psicológico, a estrutura nos permite perceber algumas unidades: a infância de
Bento em Matacavalos; a casa de Dona Glória e a família do Pádua, com os
parentes e agregados; o conhecimento de Capitu; o seminário; a vida conjugal; a
intensificação do ciúme; os surtos psicóticos de ciúme, agressividade; a
ruptura.
A dúvida sobre a traição de Capitu
sempre pairou e gerou muitas discussões. Mas devemos lembrar que a obra é
narrada em 1º pessoa, ou seja, o narrador nos diz o que lhe é conveniente,
sendo assim, Bentinho não é um narrador muito confiável. E Bentinho: nunca
traiu sua esposa? Quem garante que não? Essa cisma dele pode bem ser uma
desculpa para disfarçar o próprio erro. Afinal, será que foi apenas um beijo
com Sancha ou houve algo mais?
Levando isso em consideração, Fernando
Sabino fez uma adaptação da obra, mas agora narrada em 3° pessoa, deixando de
fora todas as neuras de Bentinho. Dessa forma os pensamentos de Bentinho são
retratos como sendo pensamentos, não fatos concretos, como dá a entender em Dom
Casmurro.
Em minha humilde opinião creio que ela
não o traiu. Desde pequeno ele demonstrava certo complexo de inferioridade em
relação à Capitu e também demonstrava ter dúvidas sobre o amor que ela sentia
por ele, bem como um caráter possessivo e controlador.
Temos que analisar ainda, que apenas ele
via semelhança FÍSICA no filho com o Escobar. Os demais viam apenas o menino
que imitava os que estavam ao seu redor: os gestos, a fala, etc. Tanto é que no
final do livro, ele diz que se o José Dias visse o menino, diria que se parecia
com o Bentinho.
Fica super recomendado esse livro
incrível, super bem escrito. Espero que tenham gostado da dica. Beijos e até a
próxima.
Muito bom
ResponderExcluirMUITO, Machado é 10.
ExcluirEsse livro é muitoooo bom!!!!! Porque o Machado de Assis deixa justamente vago se o filho é mesmo de Bentinho ou se a Capitu traiu com o falecido..
ResponderExcluirE dá margem a muita discussão... E fora que ele escreve muito bem. Estou lendo o livro de contos dele e amando.
ExcluirSimplesmente A-M-O Machado de Assis
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