Tudo bem com vocês??? Espero quem sim. Antes de
comentar sobre o livro de hoje, responda rápido: quantos livros você já leu
sobre a II Guerra Mundial?? Eu li nove e tenho dois na lista de próximas
leituras. E quantos sobre Biafra??? Bem esse foi meu primeiro e devo confessar
que não me lembro de ter ouvido falar sobre essa guerra.
No post de hoje irei comentar um pouco sobre o
livro Meio Sol Amarelo da incrível
escritora Chimamanda Ngozi Adichie. Esse é o quarto livro que leio da autora e:
Estou amando cada vez mais a escrita dela. A autora,
nigeriana da família Ibo, já publicou 6 livros: Hibisco Roxo (MARAVILHOSO e meu preferido até o momento), Meio Sol Amarelo, No Seu Pescoço, Americanah,
Sejamos Todos Feministas e Para Educar Crianças Feministas. Quero
MUITO ler No Seu Pescoço, que é uma
coletânea de contos e Para Educar
Crianças Feministas.
A autora aborda temas complexo e não tem dó de
colocar o dedo na ferida e expor sua opinião. Em Hibisco Roxo ela aborda a violência doméstica, já em Meio Sol Amarelo o tema é a Guerra civil
nigeriana, em Americanah a bola da
vez é preconceito racial e cultural dentro e fora da Nigéria, em Sejamos Todos Feministas, como fica
implícito pelo título, o feminismo é que está em pauta. E claro que a
hipocrisia social não fica de fora em nenhuma dessas obras.
Mas chega de conversa em vamos a história do livro.
SINOPSE: Em meio à guerra fratricida que dividiu
a Nigéria com a malograda tentativa de fundação do estado independente de
Biafra, um grupo de pessoas busca provar a si mesmas e ao mundo que é capaz não
só de sobreviver, mas também de resguardar seus sonhos e sua integridade moral.
Garoto de aldeia, Ugwu procura se ajustar a uma realidade em
rápida transformação. Olanna é uma moça da alta sociedade que se torna
professora universitária e vive com Odenigbo, que abraça a causa
revolucionária. Jornalista com ambição de se tornar escritor, Richard se
apaixona pela irmã de Olanna, Kainene, figura esquiva, que reage com pragmatismo
ao desmoronamento da nação.
Baseado em fatos reais transcorridos na década de 1960, este
romance da premiada escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie vai além do
mero relato, transformando- se em um grandioso painel sobre indivíduos vivendo
em tempos de exceção, um livro que a crítica internacional aproxima de V. S.
Naipaul, Chinua Achebe e Nadine Gordimer.
Se você está esperando um livro com batalhas,
tiros, porradas e bombas, procure outro livro, o foco dessa obra não é o
conflito em si, e sim como a população de Biafra enfrentou a guerra, como a
guerra afetou a sociedade Ibo. É lógico que temos descrições de bombardeios,
massacres (cenas bem gráficas por sinal), mas do ponto de vista de civis.
Além disso a autora não se atém aos
aspectos culturais ou políticos que levaram a guerra, é claro que eles estão
presentes no livro, mas o foco é em como a guerra afetou a população de Biafra
(região que tentou se separar da Nigéria), que em sua bandeira tinha um meio
sol amarelo, que inspirou o título do livro.
A história não é contada de forma cronológica,
sendo narrada em 3º pessoa sobre três pontos de vista: Richard, um jornalista
britânico, “namorido” de Kaenene, que se muda para a Nigéria para escrever um
livro sobre a arte Igbo-Ukwu.
Olanna, nigeriana de família rica, professora
universitária, irmã gêmea de Kaenene, e namora Odenigbo.
Ugwu, um garoto que morava em uma aldeia, que foi levado
para a cidade para trabalhar para Odenigbo.
Além disso, há um livro sendo escrito dentro da
obra, com o título bem sugestivo de “O Mundo estava calado quando nós
morremos”. Afinal esse é um tema praticamente ignorado pela maioria das
pessoas. Achei muito interessante a parte histórica, pois era totalmente leiga
sobre a história da Nigéria, não que eu saiba muito agora, mas o livro me
despertou o interesse em aprender um pouco sobre esse país.
Achei os personagens bem construídos e muito
realistas, com suas qualidades e seus defeitos.
Devo alertar que há MUITAS cenas “hots” nessa
história, o que em opinião torna o livro +18, e aproveito para confessar que as
descrições dessas cenas me incomodaram MUITO pelo tipo de linguagem utilizada,
sim sou fresca quanto a isso.
Esse foi o único livro da autora adaptado para o
cinema, lançado em 2013, que claro teve muito enredo cortado, afinal o livro
tem mais de 500 páginas, mas manteve a essência da obra. E gostei MUITO do fato de que na
edição do filme eles acrescentarem mapas que nos ajudam a nos localizarmos no espaço e
trechos com imagens reais da guerra. Além disso, o filme é narrado de forma cronológica,
ao contrário do livro. O filme recebeu classificação +16, mas uma classificação
+18 seria mais adequada.
Esse não é meu livro preferido da autora, mas super
recomendo a leitura. Então é isso, espero que vocês tenham gostado. Beijos e
até a próxima.
Ei! Tudo bem?
ResponderExcluirJá li Para Educar Crianças Feministas e fiquei apaixonada pela escrita da autora. Fiquei muito interessada por Meio Sol Amarelo, porque meu gênero favorito é o romance histórico e, assim como você, não sei nada sobre a Nigéria, muito menos sobre essa guerra.
Beijos!
http://www.365coresdouniverso.com.br/
Chimamanda é maravilhosa, recomendo. Depois me conta o que achou <3
ExcluirEsse negócio de classificação hoje em dia me incomoda muito, estão liberando conteudos pesados pra menores de 18 mesmo e eu tb não concordo... mas enfim
ResponderExcluirDica muito boa, não li tantos livros sobre a guerra e acho que nenhum dessa região, parece uma ótima pedida pq afinal, essa história precisa ser contada pra não ser esquecida!
osenhordoslivros.wordpress.com
Pois é, isso é preocupante, tem de haver algum aviso, e a pessoa analisa, fora isso é um livro incrível. Beijos.
ExcluirOi.
ResponderExcluirEu ainda espero ler obras da Chimamanda sendo que comecei Sejamos Todas Feministas mas ainda não consegui.
Não conhecia essa obra, mas gostei da premissa apesar dos contras. O que mais gosto nesses enredos é o contexto da guerra e não ela em si.
Beijos.
Fantástica Ficção
Super recomendo, ela trás a guerra pela visão civil, o que é bem impactante. Beijos.
ExcluirOlá, eu já li vários livros com temática da Segunda Guerra e tenho vários para ler ainda. Estou com Hibisco Roxo na minha listinha de desejados, não li nenhum livro da autora ainda. Apesar desse livro falar sobre guerra, com certeza não leria ele por conta desses vocabulários pesados, não sou fã desse tipo de linguagem e esse é um dos pontos que me faz não ter interesse em um livro. Mas você fez uma ótima resenha, muito bom a sua sinceridade. Bjusss.
ResponderExcluirObrigada :) A questão da linguagem pega um pouco mesmo, te entendo. Beijos.
ExcluirAcho que livros que retratem momentos importantes da nossa história é necessário que a leitura seja lida para que não possamos esquecer. Estou muito curiosa quanto as obra dessa autora, sempre ouço coisas tão boas sobre ela.
ResponderExcluirBeijos,
Blog Diversamente
Ela é incrível, as obras dela são sempre impactantes. Beijos.
ExcluirOi, Ana!
ResponderExcluirEsse é um dos encontros pelo qual mais anseio: Chimamanda. Sinto que preciso conhecer essa autora o quanto antes, por todas as questões que ela trabalha em suas obras, em especial o feminismo. Eu não sabia da existência desse livro e confesso que me surpreendo cada vez mais com a versatilidade da autora é a importância das suas obras. Adorei a sua resenha! Me deixou ainda mais empolgada para conhecer a Chimamanda, fora que acrescentei o livro à minha lista de desejos :) Bjs!
http://abducaoliteraria.com.br/
Obrigada :) Chimamanda é sensacional, e as obras dela são sempre impactantes. Depois me conta o que achou. Beijos.
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