Olá, o post de hoje
será sobre o 3º livro do Projeto Lendo o Mundo (PLM) – o primeiro foi As Aventuras de Pi de Yann Martel
(Canadá) e o segundo foi Os Miseráveis
de Victor Hugo (França). O país da vez é a Austrália representada por Markus
Zusak com o livro A Menina que Roubava
Livros. Publicado em 2005 com o título de The Book Thief, foi lançado no Brasil em 2007 como A Menina que Roubava Livros pela
Intrínseca, com tradução de Vera Ribeiro.
A história tem como
pano de fundo o período pré II Segunda Guerra até o pós II Segunda Guerra
Mundial. Podemos dizer que o narrador ou a narradora (como preferir) é muito
peculiar, já que é ninguém menos que a própria Morte... Sim o livro é narrado
pela Morte em pessoa (será que posso usar esse termo?????) – I don’t know...
A linguagem é simples e
as interpretações dos acontecimento também, pois a história, embora narrada
pela Morte, é contada com base no diário da protagonista, Liesel Meminger, uma garota de 9 anos, que
muitas vezes não entende o que está acontecendo.
Liesel e o irmão estão
sendo levada pela mãe, que está sendo perseguida pelo Füher (Hitler) por ser comunista, para um lar adotivo alemão. Mas
durante a viagem, a Morte tem seu primeiro encontro com a menina que roubava livros
(como ela costuma chamar Liesel), quando ela vem buscar o irmão da menina, não
é spoiler, isso ocorre logo nas primeiras páginas.
A Morte, enquanto leva
a alma do irmão, presencia o primeiro roubo da garota, o coveiro presente
deixou um livro, O manual do coveiro,
cair na neve, que é levado pela garota até a cidade de Molching onde mora sua família
adotiva (Hans e Rosa Hubermann) na Rua Himmel (Paraíso em alemão).
Embora não saiba ler,
nem escrever, a garota se apega muito ao livro, pois ele lhe trás lembranças do
irmão. E é aí que entra Hans, que ensina a menina a ler, e dessa forma eles
criam um grande vínculo.
Ao longo do tempo
Liesel faz amizade com Rudy, um dos filhos dos vizinhos, os Steiner, e com a
mulher do prefeito, Ilsa Hermann, embora ela só perceba o tamanho dessa amizade
no fim da história, além é claro de ter roubado alguns livros.
A certa altura, os
Hubermann abrigam Max, um judeu fugitivo, no porão de casa, que se torna um
grande amigo de Liesel.
No Skoob o livro consta
11.618 abandonos, e a grande reclamação que vejo dessas pessoas é: a morte dá
muitos spoilers; o livro é muito parado. O que tenho a dizer é:
* Sim, a Morte dá muitos spoilers, mas o
interessante é ver como as coisas aconteceram, e não o que aconteceu em si. E logo
no primeiro parágrafo recebemos um spoiler:
* Se você procura um livro que fale
sobre a II Segunda Guerra Mundial, abordando bombardeios, batalhas, sangue,
destroços – ESQUECE; essas coisas aparecem no livro, mas não como base da
narrativa, e sim como algo inevitável em um período de guerra. A obra aborda a
amizade, sem esquecer “das palavras" e do poder que elas carregam, mas o
foco do livro é o próprio ser humano, em sua complexidade, um ser
multifacetado, nas palavras da própria narradora:
"O ser humano não tem um coração
como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e
tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüência
disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de
pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser
as duas. Mas eles tem uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos
têm o bom senso de morrer"
"Uma
última nota de sua narradora: Os seres humanos me assombram."
O livro foi adaptado
para o cinema em 2013, e acabei assistindo ao filme primeiro, e gostei muito,
apesar das diferenças, ele conseguiu captar a essência da história, que sendo
narrada por quem é e do tema narrado consegue ser bela e singela ao mesmo tempo
em que é triste e grandiosa. Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.
Comentários
Postar um comentário