Olá, hoje vou responder
a duas perguntas:
1º
- QUAL A INFLUÊNCIA DA CAPA DE UM LIVRO DURANTE O PROCESSO DE COMPRA?
Já faz algum tempo que
estou querendo publicar esse post, respondendo essa pergunta que tenho visto
constantemente nas redes sociais.
Bem, durante a escolha
do livro ela não tem muito importância para mim, o título, a sinopse e a resenha positiva de alguém possuem muito mais
influência no momento de tomar a decisão de colocar aquela obra na lista de
compras do que a capa. Mas na hora de comprar procuro escolher a edição do livro mais bonita e
com melhor acabamento.
Essa resposta me leva a
segunda pergunta:
2º
- UMA EDIÇÃO MAIS DETALHADA E BONITA É SEMPRE A MAIS CARA?
Já me chamaram de
“fresca” por me importar com à qualidade gráfica de um livro, “isso
encarece o livro”, "o que importa é o conteúdo". E em minha defesa resolvi fazer uma comparação nesse post
dos valores e características das edições brasileiras disponíveis (por questão
de impostos, encargos tributários e custo de produção não irei comparar com edições importadas) e de obras que possuem várias edições. Alguns pontos que serão
analisados:
* Capa: bonita ou feia,
dura ou mole, com ou sem orelha.
* Formatação: letras
grandes ou pequenas, espaçamento duplo ou simples.
* Tradução: elogiada ou
criticada.
1º
Comparação: O Primo Basílio (Eça de Queiros)
A edição que escolhi
comprar, após pesquisar e analisar as edições disponíveis, foi a da Editora
Abril, da série Abril Coleções. A capa é dura, forrada de tecido. As folhas são
em papel amarelado (Veneta Super), e a obra é composta por um total de 500
páginas – com espaçamento e borda com bom tamanho. Apresenta um complemento de
leitura (sobre o autor e a obra), além de notas de rodapés explicativas. Valor
pago: 10,00 R$ - preço normal, sem promoção.
Já essa edição contêm 334 páginas (com
o complemento de leitura) – isso é sinal de espaçamento e letras pequenas, não
é capa dura e arte simples. Preço: 34,90 R$; na promoção: 24,55 R$.
Contêm 352 páginas –
espaçamento pequeno, letras acaçapadas, capa com uma arte até bonita, mas do
tipo brochura e sem orelha. Papel branco. Preço: 35,00 R$.
Contêm 136 páginas –
isso é sinal de espaçamento e letras pequenas, não é capa dura e simples.
Aparentemente conteúdo condensado (reduzido – não sendo o texto na integra),
além de ter uma linguagem adaptada para os dias de hoje – algo que abomino.
Preço: 37,90 R$.
2º
Comparação: O Mágico de OZ
A edição que escolhi
comprar foi a de bolso da Zahar, que é capa dura, com 224 páginas em papel
amarelado (Pólen Soft), com ilustrações originais. E no início e no término do
livro temos um papel desenhado imitando a estrada de tijolos amarelos. Com uma
tradução muito bem conceituada pela critica.
As letras em um ótimo tamanho e com bom espaçamento. Paguei 11,64 R$,
valor normal entre 15,00 a 16,00 R$.
Essa edição é capa do
tipo brochura e sem orelha e papel branco, e não gostei da arte. Custa cerca
25,00 R$.
Essa edição é adaptada,
e contem apenas 48 páginas. Capa do tipo brochura, e também não gostei da arte.
Custa cerca de 40,00 R$.
Já essa edição contêm
132 páginas, capa em tipo brochura com orelha. Sendo umas das edições mais
bonitas dentre as que eu não escolhi para comprar. Custa cerca de 30,00 R$.
3º
Comparação: Os Miseráveis (Victor Hugo).
A edição que resolvi
comprar é a edição em 2 volumes da Cosac Naify. Ela é capa simples do tipo
brochura e sem orelha (não gostei), com folhas levemente amareladas, ambas vem
protegidas por um box em material resistente, que irá proteger os livros e
mantê-los em bom estado de conservação por mais tempo, além de ter uma tradução
muito bem conceituada. Paguei 50,00 R$ na Black Friday – mas tinha loja
vendendo muito mais barato, mas no sábado e eu já havia comprado.
Essa edição da Martin
Claret muito linda, capa dura, mas volume único o que dificulta a leitura das
1500 páginas. Mas os leitores habituados sempre terão um pé, melhor dizendo, dois
pés atrás com essa editora, que nesse caso especifico foi acusada de plágio na
tradução. Custa em torno de 45 R$.
Como deu para perceber,
nem sempre a melhor edição e a mais atraente é a mais cara. Se eu tenho a opção
de comprar uma edição muito mais bonita e com um acabamento muito bom, com um
valor inferior ou apenas um pouco superior ao de uma edição com acabamento ruim
(ou não tão bom), é obvio que vou escolher a edição mais bonita e com um melhor
acabamento – questão de investimento.
Quem quiser responder
fique a vontade, só deixar os links, pois quero ler. Espero que vocês tenham
gostado, peço que ajudem a divulgar o blog.
Beijos e até
a próxima.
Adorei seu blog!
ResponderExcluirNa minha opinião a edição sim, faz toda a diferença. É outra sensação ler um livro muito bem editado do que aqueles livros mais "toscos". Mas, não escolho meus livros pela capa.
Bjs*--*
http://literariamentefalandoeh.blogspot.com.br/
Com certeza um livro bem editado faz diferença. Não escolho um livro pela capa, mas quando vou comprar um livro que tenho interesse em ler procuro escolher a edição mais bonita.
ExcluirAssunto bom para debate. Acho que a maioria das pessoas realmente escolhe o livro pela capa rs.
ResponderExcluirsomaisumapaginamae.blogspot.com.br
O que é uma pena... estão perdendo tantas histórias incríveis...
ExcluirOi Ana, muito bom esse debate, agendei uma postagem no blog direcionando o link para cá, vai sair amanhã.
ResponderExcluirPorque não faz esses debates com uma blogagem coletiva? Ia ser muito interessante e pertinente.
Estou seguindo seu blog, aguarde visitas minhas!
Grande beijo!
Gostei da ideia, podemos agendar, fica mais fácil conversarmos pelo face. Beijos.
ExcluirOi Ana, tudo bem?
ResponderExcluirOlha o que seu debate rendeu!
http://www.umaleituraamais.com.br/2015/01/edicoes-bonitas-frescura-ou-nao.html
http://www.matoporlivros.com.br/2015/01/debate-edicoes-bonitas-frescura-ou-nao.html
http://simonepesci.blogspot.com.br/2015/01/debate-edicoes-bonitas-frescura-ou-nao.html
Vc tem face, pessoal ou do blog? Me passa? Tá a fim das blogagens coletivas?
Bj bj bj
Vamos programar para o fim do ano, É quando estou mais tranquila... Bjs.
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