Cidades Mortas faz parte daquela lista “Fui obrigada
a ler para a escola e AMEI”. O livro é composto por 30 contos, que mostram a
decadência do Vale do Paraíba com a queda do ciclo do café. O livro foi
publicado originalmente com o subtítulo "Contos e Impressões" em
1919, e reunia trabalhos bastante antigos, alguns do tempo de estudante de
Lobato. Em edições subsequentes, novos textos acrescentaram-se à obra. Os
contos do livro são:
"Cidades
mortas"
"A
vida em Oblivion"
"Os
perturbadores do silêncio"
"Vidinha
ociosa"
"Cavalinhos"
"Noite
de São João"
"O
pito do reverendo"
"Pedro
Pichorra"
"Cabelos
compridos"
"O
resto de onça"
"Por
que Lopes se casou"
"Júri
na roça"
"Gens
Ennyyeux"
"O
fígado indiscreto"
"O
plágio”
"O
romance do Chopin"
"O
luzeiro agrícola"
"A
cruz de ouro"
"De
como quebrei a cabeça à mulher do Melo"
"O
espião alemão"
"Café
café"
"Toque
outra"
"Um
homem de consciência"
"Anta
que berra"
"O
avô de Crispim"
"Era
no paraíso"
"Um
homem honesto"
"O
rapto"
"A
nuvem de gafanhotos"
"Tragédia
de um capão de pintos".
Nessa obra Monteiro Lobato apresenta toda sua
“irreverência” e seu grande senso crítico. Lobato faz críticas, de forma cômica
e bem-humorada, ao governo e seus ministérios, e mostra que apesar do tempo que
se passou, a situação do Brasil continua a mesma. Usando como pano de fundo o
decadente Vale do Paraíba, Monteiro retrata a desolação provocada pela crise do
café. Livro maravilhoso, que me rendeu boas risadas e reflexões; recomendo
muitíssimo.
“O velho Torquato dá relevo ao que conta à força de imagens
engraçadas ou apólogos. Ontem explicava o mal da nossa raça: preguiça de
pensar. E restringindo o asserto à classe agrícola... ‘Ou você pensam meia hora
naquele papel ou botam abaixo aquela mata’, daí cinco minutos cento e um
machados pipocavam nas perobas!” (LOBATO, 2004, pág. 33).
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