Tudo
bem? No post de hoje iremos conversar sobre “O Sol Também se Levanta” de Ernest Hemingway, autor que tem
conquistado cada vez mais meu coração. “The
Sun Also Rises” foi publicado originalmente em 1926, sendo o primeiro romance
do escritor. Eu li na edição da Bertrand Brasil, com tradução de Berenice
Xavier.
Sinopse: “O sol também se levanta” é
uma obra vigorosa que retrata, em estilo direto e despojado, os conflitos e
frustrações dos norte-americanos e ingleses que vivem em Paris após a Primeira
Guerra Mundial. Numa linguagem acelerada, Hemingway cria personagens que logo
se inserem no convívio do leitor, destacando-se, entre eles, como figuras
marcadas e marcantes, Jake Barnes, jornalista emasculado por um ferimento de
guerra, Lady Brett Ashley, jovem viúva inglesa por quem ele estava apaixonado,
Robert Cohn, o escritor em busca de seu caminho, Mike Campbell, o playboy
inglês que também fazia a corte a Lady Brett, e Pedro Romero, o toureiro
espanhol com quem ela tem um caso.
Para “O Sol Também se Levanta”
Hemingway elaborou tipos humanos complexos, representando assim uma geração
contaminada pela ironia e pelo vazio diante da vida, com seus valores morais
destruídos pela guerra e irremediavelmente perdidos. Temas como a solidão e a
morte, os preferidos do escritor, são explorados de forma brilhante. Escrito
originalmente em 1926 e publicado em 1927, este é considerado por muitos como
sua obra mais refinada em termos de técnica literária.
Alguns
leitores não se dão bem com a narrativa de Hemingway, isso se deve a bendita
expectativa, Hemingway se utiliza de frases curtas, com uma linguagem direta,
simples e com descrições feitas de forma restrita, econômica até, técnica que
ficou conhecida como Teoria do Iceberg, que nas palavras do próprio autor, pode
ser descrita como:
“Se um escritor
de prosa sabe o bastante sobre o assunto do qual está falando, ele pode omitir
coisas que sabe e o leitor, se o escritor está escrevendo de forma verdadeira o
bastante, sentirá essas coisas com tanta força como se o escritor as tivesse
afirmado. A dignidade do movimento de um iceberg existe porque apenas um oitavo
dele está acima d’água. Um escritor que omite coisas porque não as conhece
apenas cria lugares vazios na sua escrita”.
Então
se você pretende ler qualquer livro do autor, não vá esperando uma história
cheia de reviravoltas a la Dan Brown,
pois não será isso que você irá encontrar. Nesse livro o autor faz um retrato
de um período histórico bastante conturbado, a Primeira Guerra havia acabado,
mas o clima de conflito e tensão não, tanto que apenas 20 anos após o fim da
Grande Guerra, eclodia a II Guerra Mundial.
Muito
leitores relatam que há muitas semelhanças com “Paris é uma Festa”, que é um livro de não ficção, autobiográfico,
por isso “O Sol Também se Levanta” é
considerado um roman à clef, pois
se trata de narração de uma experiência real, contada de forma ficcional, no
caso, o período em que Hemingway viveu na Europa nos anos 20, junto com a
chamada geração perdida, artísticos e literários e sua vida boêmia, e Ernest
sabia aborda de forma brilhante temas como melancolia, solidão e a morte.
Sendo
assim, se você pretende ler qualquer livro do autor leve isso em consideração,
que são obras mais reflexivas, que vão falar sobre o ser humano e suas mazelas,
de forma simples, direta e singela, mas ao mesmo tempo intensa, tocante e
impactante.
Então
é isso, espero que vocês tenham gostado, beijos e até a próxima.
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